sexta-feira, 20 de abril de 2012

Envelhecer com saúde é possível


Para envelhecer com saúde e ter qualidade de vida na melhor idade, além de hábitos saudáveis se necessita de um bom acompanhamento médico especializado, que cuide especificamente dessa fase da vida

Para envelhecer com saúde e ter qualidade de vida na melhor idade, além de hábitos saudáveis se necessita de um bom  acompanhamento médico especializado, que cuide especificamente dessa fase da vida. Esse é o trabalho realizado pelo médico geriatra. A geriatria é a área da medicina especializada na atenção ao processo de envelhecimento e as questões de saúde relacionadas a isso.
Mesmo que não haja uma idade ideal para a primeira consulta, de acordo com a médica geriatra, Nagele Belettini Hahn, existem duas fases indicadas à procura. “A primeira é ser idoso, com mais de 60 anos, e desejar ter um médico responsável pela sua saúde
como um todo, capaz de lidar com a maioria das condições de saúde e de doença, isoladas ou todas juntas”, diz. “Se você é um idoso e gostaria de ter um seguimento completo, vale a pena procurar o geriatra”, explica. “O segundo motivo é querer envelhecer com
saúde e fazer uma avaliação ampla, para a elaboração de um aconselhamento amplo de saúde, específico para cada idade. E para isso, nunca se é nem novo nem velho demais”, garante.
Nagele diz que o geriatra é considerado ao mesmo tempo um médico generalista, enquanto é capaz de prevenir, avaliar e tratar doenças dos mais diferentes aparelhos do nosso corpo, mas também é um especialista, pois é a única especialidade da medicina que se dedica a estudar o idoso e o processo de envelhecimento, sendo referencia nesta área para os outros médicos.
O atendimento da geriatria está focado principalmente na prevenção, além é claro, do tratamento das doenças. Uma alternativa para se chegar bem aos 60 anos. “O envelhecimento, bem ou mal sucedido, se inicia precocemente, e escolher que tipo de idoso quere-
mos ser é privilégio de quem é jovem e está disposto a planejar o seu envelhecimento”, afirma a médica.

Prevenir ainda é a melhor opção

Com um acompanhamento regular de saúde, através da própria consulta médica, o geriatra pode fazer diagnósticos precoce de algumas condições freqüentes, como hipertensão arterial, depressão e alterações de memória. “Há recomendações bem estabelecidas de triagem em pacientes assintomáticos de doenças como diabetes, osteoporose, câncer de mama, colo de útero, próstata e câncer de cólon.

Para todas estas doenças há exames disponíveis que usados adequadamente podem fazer um diagnóstico antes mesmo dos pacientes terem sintomas, dando a oportunidade de iniciarmos um tratamento com maior chance de
cura ou, em alguns casos, há tempo de evitarmos as complicações”, garante Nagele.

Osteoporose

Um drama que costuma acometer, principalmente, as mulheres (logo após a menopausa), a osteoporose é uma doença comum à velhice e que progride silenciosamente de forma lenta e raramente apresenta sintomas.

A doutora Nagele lembra que, embora não seja percebido pelas pessoas, os ossos do nosso corpo estão em estado de renovação durante toda vida. “Todos os dias eles [os ossos] estão sendo formados e destruídos (reabsorvidos) em um processo imperceptível aos nossos olhos, que depende em grande parte do cálcio”.
Segundo Nagele, quando alcançamos aproximadamente 35 anos, a massa óssea do nosso corpo atinge seu pico, sua maior “dureza”. A partir dessa idade, é comum que o processo de reabsorção do osso comece a ser mais intenso do que o de formação óssea, fazendo com que esse osso comece a ficar mais “poroso”, sendo em um grau avançado chamado de osteoporose. ‘’A principal compli-
cação desta doença é o risco elevado de fraturas que estes pacientes tem.

A melhor maneira de tentarmos evitar a descalcificação excessiva dos ossos é termos hábitos saudáveis, como praticar exercícios físicos (principalmente aqueles com carga como a musculação), evitar o fumo, termos uma alimentação rica em cálcio (leite e seus derivados, vegetais verde escuros) e tomarmos alguns minutos de sol diariamente”, orienta a médica.
http://www.ocorreiodopovo.com.br/blush/envelhecer-com-saude-e-possivel-3591438.htmlhttp://www.ocorreiodopovo.com.br/blush/envelhecer-com-saude-e-possivel-3591438.html

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A leitura como passaporte para o mundo

Saúde Itinerante e TFD fazem a diferença na vida de centenas de pessoas



Maria Rocilene e a filha Sarah, que faz tratamento contra anemia falciforme (Assessoria Sesacre)
Maria Rocilene e a filha Sarah, que faz tratamento contra anemia falciforme (Assessoria Sesacre)
Oretorno ao médico sempre foi um suplício para Edmundo da Silva. Vítima de leucemia e câncer de pele no nariz, o seringueiro aposentado de 81 anos chiava cada vez que tinha que pegar um avião para Rio Branco. Mas no último fim de semana, ele era só felicidade com o atendimento realizado lá na sua cidade mesmo, Cruzeiro do Sul.
 Dona Maria do Socorro e o marido José Herci fizeram eletrocardiograma e ecocardiograma (Assessoria Sesacre)
 Dona Maria do Socorro e o marido José Herci fizeram eletrocardiograma e ecocardiograma (Assessoria Sesacre)
 Dona Maria do Socorro e o marido José Herci fizeram eletrocardiograma e ecocardiograma (Assessoria Sesacre)
 Dona Maria do Socorro e o marido José Herci fizeram eletrocardiograma e ecocardiograma (Assessoria Sesacre)
Maria do Socorro e o marido José Herci fizeram eletrocardiograma e ecocardiograma (Assessoria Sesacre)
Assim como Edmundo, outras 301 pessoas comemoraram o atendimento que lotou por três dias (sexta, sábado e domingo últimos) o Hospital da Mulher e da Criança de Cruzeiro do Sul.
É isso o que acontece quando se juntam duas ações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre): Saúde Itinerante e TFD (Tratamento Fora de Domicílio). O primeiro já tem como característica ir até o paciente, já o segundo é responsável por tirar o paciente de seu domicílio e enviá-lo para uma cidade que atenda sua necessidade.
Mas a cada três meses a situação se inverte e o paciente que já tem indicação para TFD não precisa sair do seu domicílio e ainda tem a chance de ser atendido pelo mesmo médico que o trata na capital.
Dessa vez, dez médicos de oito especialidades - dois ginecologistas, um oncologista, um radiologista, um cardiologista, um hematologista, um radiologista, um dermatologista, dois clínicos gerais - e mais uma biomédica, responsável pelos exames, atenderam por mais de 12 horas diárias os mais diversos casos, além de exames como eletrocardiograma e ecocardiograma. A equipe do Itinerante também levou vários tipos de medicamentos.
“Isso não existia, é muito bom”, alegra-se Edmundo. Opinião parecida tem Maria do Socorro Ciacci. Ela e o marido, José Herci, foram fazer eletrocardiograma e ecocardiograma por causa de uma taquicardia e dor no peito. “Não tenho palavras por eles terem vindo aqui. O governo é sensível, mostra que olha para o povo mesmo”, diz, entusiasmada.
Pessoas de todo o Vale do Juruá que tinham encaminhamento para o TFD foram chamadas. Vieram de Marechal Taumaturgo, Porto Walter, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Guajará do Amazonas (a 17 quilômetros de Cruzeiro), além de moradores locais.
“Tem uma paciente que mora acima de Marechal Taumaturgo e demora três dias de barco até chegar a Cruzeiro. Já pensou se ele, ainda assim, tivesse que ir a Rio Branco de tempos em tempos?”, pergunta a gerente-geral do TFD do Vale do Juruá, Rosa Maria Conceição Lima. Segundo ela, a parceria é muito positiva porque o TFD organiza a demanda e o Itinerante traz os médicos e os medicamentos.
Maria Rocilene da Silva é de Porto Walter e foi levar a filha Sarah, de cinco anos, portadora de anemia falciforme. Ela conta que desde 2008, quando descobriu o problema da filha, ia para Rio Branco porque não havia um especialista, mas já é a segunda vez que é atendida em Cruzeiro. “Foi muito bom porque não é tão cansativo e a gente volta logo para casa.”
“É muito satisfatório, principalmente para pacientes da oncologia, porque são atendidos pelo mesmo médico que os atende em Rio Branco. Mais importante do que a economia para o Estado é a dimensão social, já que o paciente não precisa ir até a capital e se ausentar de casa”, conclui a gerente da Divisão de Ações Itinerantes da Sesacre, Celene Maia.
Já é a segunda vez este ano que os dois programas atendem juntos. A primeira foi em Tarauacá e o próximo roteiro é em Feijó. As maiores demandas foram em ginecologia/obstetrícia e oncologia, que juntas somaram mais de 170 atendimentos. Entre consultas, exames laboratoriais e de diagnóstico, foram realizados 721 atendimentos nessa ação.

Seu Edmundo faz tratamento de câncer com o doutor Denys Fujimoto (Assessoria Sesacre)
Edmundo faz tratamento de câncer com o doutor Denys Fujimoto (Assessoria Sesacre)

“Toda vez que tem uma ação dessas, fico impressionada com a disposição dos médicos que deixam suas casas e atendem incansavelmente com empenho e carinho. Vale realmente a pena todo esse esforço”, anima-se a gerente do TFD da Sesacre, Edná Monteiro.
“O Itinerante foi ousado, e o paciente com laudo de TFD já melhora em 50% só de não ter que viajar. A gente percebe que isso é importante pela satisfação do paciente”, relata o hematologista Denys Fujimoto.
A equipe aproveitou a viagem com os médicos e trouxe para Rio Branco uma paciente que estava internada por causa de um infarto e necessita fazer um cateterismo, só realizado na capital.